domingo, 24 de agosto de 2014

A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO

Mensagem de Owen Waters
24 de Agosto de 2014

 A maior parte das religiões e culturas espirituais mantém uma imagem de Deus, o Criador, em uma das três formas:

1 – Uma única entidade criativa. Esta é uma visão perfeitamente válida de Deus, em que se ignoram as diferentes facetas da consciência que foram necessárias para criar o Universo e, em vez disto, concentra-se no Um.

2 – Uma dualidade, onde Deus emprega dois aspectos de Si mesmo, a fim de realizar a Criação do Universo. Os mitos da criação de todo o mundo, mencionam um divisor de “águas” da consciência original.

3 – Uma trindade, onde os dois aspectos da consciência são ativados por um terceiro princípio, o movimento, como no movimento iniciado pelo comando criativo original: "Que haja a Luz."


Na Grécia Antiga, dizia-se que o Universo era um espaço sem luz, até que Eros (o Amor) surgisse, trazendo a Luz e a Ordem. Aqui temos a intenção e o sentimento trazendo a Luz ao Ser.

Na Antiga Cultura Azteca, dizia-se que um original “Senhor” e “Senhora” teriam trazido à existência todas as coisas. As pessoas ao longo da História têm compreendido mais facilmente as versões parentais de Deus. Afinal, conceitos como Deus, o Pai e a Mãe Divina, têm sido muito mais compreensíveis do que os princípios fundamentais.

Bem no início da religião Cristã, os bispos concorrentes aprovaram um credo unificado, o que resultou na Santíssima Trindade do Cristianismo, sendo composta de: Deus, o Pai (como o “pensamento”, ou o princípio criativo), o Espírito Santo (como o princípio do sentimento), e Deus, o Filho (como um representante da ação de Deus na Terra.)

O Hinduísmo, cuja origem é anterior à História registrada, reconhece um estado original ou Absoluto, como o estado derradeiro do ser, por trás de todas as coisas. Então, a partir do estado único e Absoluto, brotaram os três princípios da Criação. Estes princípios são retratados como as personalidades de Brahma, Vishnu e Shiva.

Enquanto Brahma é o aspecto do Criador, Vishnu representa o aspecto que preserva e sustenta o universo – um amor universal, em outras palavras. Shiva representa o aspecto que traz o movimento ao universo, tornando possível a criação e a eventual deterioração de objetos no mundo físico. É o princípio do movimento que traz a mudança constante.

O Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo compartilham das mesmas raízes históricas. No Livro de Gênesis, é dito que a Criação começou quando Deus criou o céu e a Terra e então disse: "Que haja a Luz."

Percebam que este ato inicial da Criação veio antes da criação das estrelas e da criação do nosso Sol.

Portanto, estes casos iniciais das palavras “céu’ e “Terra” precisam ser compreendidos metaforicamente e não literalmente. Dizia-se que a Terra era sem forma e vazia, como um vazio pré-criacional, enquanto o Espírito de Deus pairava sobre as “águas” do abismo informe.

Assim, aqui temos:

1 – A intenção de Deus, o Criador, pairando sobre:

2 – O abismo informe de um universo que viria a ser. Este “abismo informe’, como é referido o UNIVERSO, não a Terra, porque as estrelas (e, portanto, a Terra), não tinham ainda sido formadas. Havia somente o princípio do sentimento, mantendo o conceito do espaço em um envoltório controlado. Então, mais tarde, todas as possibilidades começaram com:

3 – “Que haja a Luz”. É onde o movimento foi aplicado a fim de ativar o invólucro vazio do Universo. Isto, então, tornou possível toda a Criação, incluindo as estrelas, os planetas, as suas biosferas e tudo o que eles contêm.

O traço comum em todas estas histórias acima sobre a Criação é este: Intenção e Amor juntos criaram um universo na forma de um vazio, um abismo.

Intenção e Amor foram então colocados em movimento complementar, a fim de trazerem luz e vida ao vazio.

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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

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